terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Pós-guerra: o mundo como paradoxo e medo

Escher, M. C. Drawing Hands [1948]

Simon & Garfunkel - Sound of silence [1966]

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A internet na era do saber


“A inteligência coletiva convoca para um novo humanismo que inclui e amplia o ‘conhece-te a ti mesmo’ para um ‘aprendamos a nos conhecer para pensar juntos’, e que generaliza o ‘penso, logo existo’ em um ‘formamos uma inteligência coletiva, logo existimos eminentemente como comunidade’”.
[Pierre Lévy, Paris, 1994]

A inteligência coletiva teorizada pelo filósofo francês Pierre Lévy (1956), pode ser conceituada em poucas palavras como o exercício de distribuição dos saberes, por toda parte, sem hierarquização, sem o fetichismo do ‘saber’. Ou seja, é o conhecimento vivo, o savoir-fair, as competências humanas, compartilhadas de forma horizontal, plural e interacionista.


Assim, a internet se constitui como ferramenta capaz de coordenação das inteligências em tempo real, configurando-se como espaço móvel das interações entre conhecimento e conhecedores. A “era do conhecimento”, como teóricos batizam o século XXI, tem como prerrogativa o reconhecimento do outro, a sua inteligência construída através das experiências próprias, sem recusar sua verdadeira identidade social, ou seja, todo e qualquer conhecimento tem seu território garantido na rede mundial. A crescente influência de blogs, muitas vezes de anônimos até então, a participação voluntária observada em fóruns plurais de discussão, denotam como a internet tem se apresentado em contraposição à exclusão ou marginalização de saberes.


Transcenderemos barreiras tradicionais do sistema vigente, onde a competição e a individualização de saberes são condições para o “sucesso”? Passaremos da competição para cooperação? Vivenciaremos o novo humanismo proposto por Lévy? É uma questão que se impõe ao nosso tempo, e sem dúvidas, a reflexão se faz necessária para cada um de nós, que se arrisca em vivenciar espaços físicos e virtuais, construindo constantemente um novo “nós”.


Para refletir sobre esse assunto, acesse abaixo a entrevista desse pensador ao Centro de Pesquisa ATOPOS (ECA/USP), cedida em 20/09/2009.



Centro de Pesquisa ATOPOS (ECA/USP) - Entrevista com Pierre Lévy – 1º parte.


Centro de Pesquisa ATOPOS (ECA/USP) - Entrevista com Pierre Lévy – 2º parte.


Centro de Pesquisa ATOPOS (ECA/USP) - Entrevista com Pierre Lévy – 3º parte.

Referência: LÉVY, Pierre. A inteligência Coletiva. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola. 2000.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tudo é pretensão, logo ela não existe..

Um desconfortável estudante de história, que tem a pretensão de compartilhar as poucas vivências, e através das narrativas, tomar consciência dessas experiências. Depois de algumas tentativas, consegui resumir os objetivos, ou pretensões, desse blog.

Ciente das relações dominantes que recaem sobre o conhecimento, almejo ser lido por qualquer 'viajante' que procure se desprender do monopólio do saber, entendendo que a 'verdade' depende apenas de alguém com poder para torná-la verdadeira.

Assim, na contramão da informação, proponho a busca pelo conhecimento individual por meio da interação social que a rede proporciona.

De fato, é uma pretensão.